Um ano. 12 meses. 52 semanas. 365
dias. É, o tempo passa muito rápido. Completaram-se 365 dias de “eu amo a minha
casa” e “eu amo meu bairro”, 52 semanas dançando durante a faxina, 12 alugueis
pagos em dia. O que não cabem em números ou cifrões são os momentos preciosos
que vivi nos meus “30m² de pura felicidade”. Quantas histórias, quantas
memórias, quantas saudades eu já sinto daqui!
Depois de um ano, meus gatos e eu,
estamos firmes e fortes. Eu já tinha um lado Katrina, um lado Alice e, nesse
período, conheci o lado Amélia. Meu, juro que não tinha noção que fosse gostar
TANTO de ser dona de casa. Fazer mercado, limpar a casa e cozinhar, são
pequenas alegrias para mim. Sim, tem dia que eu peço comida, tem dia que adio a
faxina, tem dia que eu deixo a camisa jogada na mesa de jantar, tem dia que eu
ligo o foda-se foda-se foda-se, sabendo que, no dia seguinte, eu vou
precisar colocar tudo no lugar.
Romeu brisado Bartolomeu comemorando um ano de "eu amo minha casa", com bolo de nozes e guaraná
Eu estou longe de ser a moça que se mudou para
cá dia 19 de julho de 2014, na verdade já não sou mais a mesma mulher que era
no mês passado. “Life is what happens to you while you’re busy making other
plans” LENNON, John <3 vou ter que tatuar essa frase. Todas as
situações que a vida me impôs, neste tempo, fizeram com que eu revisse vários conceitos.
E aconteceu coisa pra caralho. Foram momentos felizes e doloridos, situações
que poucas pessoas conhecem, pois não costumo compartilhar tudo nas redes
sociais. Foram momentos que só eu sei o que significam e aprendizados que só eu
sei que tive. No meio de uma fase em que está acontecendo tanta coisa simultaneamente,
hoje percebo o quanto estou mais calma e parei de planejar tanto a vida, pois tudo
muda rápido demais. É bem aquela coisa: calma, nada está sob controle. Então,
hoje, a prioridade é cumprir com todas as minhas responsabilidades, pagar todas
as minhas contas, cuidar dos meus filhos de quatro patas e estar perto das
pessoas que eu gosto, mostrando para elas o quanto elas significam, pois, como
já escrevi diversas vezes, o que realmente importa são as pessoas.
Se era mais fácil quando eu
morava com meus pais? Sim, é óbvio! Mas eu não troco a vida que tenho hoje por
nada, pois, quando estou em casa, estou em paz. É no silêncio do meu santuário
que encontro meu equilíbrio. É vendo a minha individualidade espalhada em todos
os cômodos da casa que me sinto completa. Mesmo em uma fase tão tumultuada, eu
consigo sorrir encantada com a vida que levo.
Abraços
Renata Forné Bernardino, Katrina, Alice e Amélia.